quinta-feira, 3 de julho de 2014

NA RUA SEM FRONTEIRA


Teatro Imaginário Maracangalha apresenta:
“Na Rua Sem Fronteira”
Prêmio FUNARTE Arte nas Ruas 2013
 O projeto “Na Rua Sem Fronteira” integra a produção de teatro de rua presente em Mato Grosso do Sul na fronteira do Brasil, Paraguai e Bolívia. O Teatro Imaginário Maracangalha apresenta seus dois grandes espetáculos, que são frutos de pesquisa destas relações históricas e culturais, “Tekoha – Ritual de vida e morte do Deus pequeno” e “Areôtorare – O verbo negro e Bororo do índio profeta” em uma circulação de 20 dias em oito cidades fronteiriças. São elas: Corumbá, Ladário, Jardim, Porto Murtinho, Antonio João, Porto Peralta/PY, Bela Vista e Ponta Porã.
Além de apresentar os espetáculos de rua, o grupo realizará encontros com comunidades, grupos e pessoas, dialogando e documentando memórias não oficiais nas fronteiras do Brasil com o Paraguai e a Bolívia.
“Na Rua Sem Fronteira” tem como proposta, fazer o resgate da fronteira Brasil/Paraguai/Bolívia ressaltando seus sujeitos, pessoas, seres destes lugares com aspectos culturais, políticos e históricos, enfim, o que está esquecido.
Tekoha e Areôtorare são trabalhos reconhecidos nacionalmente pelo potencial crítico e criativo; criados pelo TIM. Tekoha narra a trajetória de luta dos povos Guaranis pela demarcaçãoo da terra e manutençãoo de sua cultura, já Areôtorare fala sobre o impacto da modernizaçãoo na mistura do índio e do negro na fronteira com a Bolívia.
O diretor do grupo, Fernando Cruz avalia a relevância dos espetáculos propostos dentro da circulação como uma junção da historia e cultura representadas artisticamente com estéticas próprias, dentro do questionamento de que lugar vivemos. “Desta forma de apresentação, rompemos as fronteiras políticas que nos são impostas e transformamos a rua num lugar de afeto e alegria, o que é comum a todos, compondo a paisagem e a vida da cidade com muita arte e liberdade, sem fronteira”, avalia. 

Espetáculos
Tekohá – Ritual de vida e morte do Deus pequeno
O espetáculo narra a trajetória do líder guarani Marçal de Souza e sua resistência histórica na luta pela terra e direitos dos povos indígenas. A palavra que dá nome ao espetáculo, Tekoha, tem um significado peculiar. “Teko” significa modo de estar, sistema, lei, hábito, costume. Tekoha, assim, refere-se à terra tradicional, ao espaço de pertencimento da cultura guarani. É no Tekoha que os guaranis vivem seu modo de ser. O Teatro Imaginário Maracangalha faz da rua a representação tão sagrado aos guaranis.
Teatreiros: Camilah Brito, Fran Corona, Fernando Cruz, Kássia Rosa, Moreno Mourão


Areôtorare – o verbo negro e bororo do Índio Profeta


O espetáculo de rua revisita as obras “Areotorare” (1935) e “Sarobá” (1936) do escritor modernista Lobivar Matos nascido em Corumbá, e aborda as relações humanas e sociais do seu tempo. Desta forma, questões como, desigualdade, preconceito e desenvolvimento econômico são desveladas sob a ótica dos trabalhadores, índios e negros que até hoje “refletem os anseios, as revoltas, as durezas margas da época e do meio em que vivem”.

Teatreiros: Alê Moura, Camilah Brito, Fran Corona, Fernando Cruz,  Jonas Feliz, Kássia Rosa, Moreno Mourão, Renderson Valentim e William Hennenze



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